sábado, 28 de junho de 2008

Hills cariocas

Quando eu era pequeno eu me admirava olhando, atrás da construção mais distante que minha visão conseguia alcançar, aqueles morros que sempre me pareceram de distância absoluta. Recentemente, como devolvi a vida a esse Fabrício que morreu de sei-lá-o-quê junto com a infância, eles voltaram a ser meu objeto de fascínio, e volta e meia eu me pego bastante distraído olhando pra eles. São tão bonitos, coitados. Eu gostava de pensar que se um dia eu chegasse até um deles, subisse em algum para um passeio nada convencional, eu seria o dono dos únicos pés humanos que aquelas plantas teriam sentido. Para quê alguém subiria até lá?, eu me perguntava. Hoje, tadinhos, eu vejo que estão maculados aqui e ali por aquelas torres enormes de energia, que conduzem no alto fios marcados por bolas vinho meio amarronzado, sabe?, que às vezes parecem até que estão voando.? Mas a paisagem ainda é indubitavelmente muito bonita.

É claro que eventualmente eu olho para o horizonte sem mar e não vejo morro nenhum, mas não é difícil eu contar com a presença de um deles e vê-lo se apresentar quando levanto a cabeça. Posso estar em qualquer bairro, mas em algum lugar ao meu redor ele está, o mesmo ou um outro, cercando o meu quinhão do Rio de Janeiro. Vi um esses dias de dentro da minha sala de aula, de manhãzinha, naquele frio, e me debrucei na janela - lá estava ele, orgulhoso da juventude daquela luz que lhe caía tão majestosamente bem, e com uma cor que, se fosse vermelho, diria parecer com um enorme incêndio estático. Ainda com a cabeça pra fora, virei um pouco para a esquerda e havia atrás dele um colega. No topo, aquele Cristo, de lado. O tamanho dele me assustou quase como quando eu fui a Botafogo e o vi caindo na minha cabeça.

De volta ao ressuscitado. Lá nos dias de sua primeira vida, eu pensava em um dia sair de casa, fixar os olhos em um e persegui-lo até alcançá-lo, e aí eu subiria. Como seria aquele lugar? Aquilo verde que eu via sempre de longe onde quer que eu estava, seria aquilo grama ou muitas, muitas, árvores, que congestionariam a minha passagem? Seria legal. Minha admiração pela figura de uma floresta densa só aumentou com essas última 'teratura que eu andei lendo. Talvez hoje eu não acredite que um dia eu saia com essa empreitada em mente, mas até aquele Cristo eu posso ir, não posso? Partiu Cristo nessas férias.

12 comentários:

jovem broto disse...

muito bonito mesmo. menos o convite no final; achei feio.

avan disse...

HAHAHA PO, PARTIU.

Anônimo disse...

por isso que você falou de visitar o cristo nessas férias, não? e falou das torres de energia naquele outro dia.

seu autista louco! hehehe eu vou com você, meu bem. fotos turistas: PARTIU.

mas tá ligado que ocê é mó autista, não? fica olhando as janelas da uerj, daqui de casa.... hahahah DOENTE.

ihihih begos autisticos

F disse...

TIOP

falo nada né ¬¬
a vontade de bater... HUUUM

briga de bar já!

Anônimo disse...

aff comentei no login errado

oi to flodando

Anônimo disse...

cadê os escritos, menino?
cadêêêê?

mimimimiim
*birra*

ps. quando vamos ao cristo?

Lenina disse...

hahahaha!viageeem!!!!!
vá ao cristo, mas não leva nada de valor, pq rola assalto brabo por lá! good luck! :)
bolas amarronzadas? opa! onde são geradas?:P
bjos moço
ps: manda o CV por e-mail! tô esperando!

Anônimo disse...

*teias*³³²³¹²³¹³²¹²¹

jovem broto disse...

posso ter seu telefone não roubado?

Anônimo disse...

¬¬

Anônimo disse...

http://www.woostercollective.com/jrflavv2-thumb.jpg

jovem broto disse...

eu ESPERO que você não tenha postado nunca mais por estar ocupado visitando as montanhas.

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